O
Teatro na escola: uma proposta multidisciplinar no processo de ensino
e aprendizagem nas aulas de Educação Física Luiza Helena Junqueira, Eliane Silva e Luiz Antonio Leitão |
A criança sendo estimulada nesta situação, ela irá começar a
inventar personagens, desenvolvendo e aprimorando o diálogo com eles. Essa
criação livre e natural pode levar à diálogos proporcionados por histórias
lidas e ouvidas, textos prontos para este tipo de teatro.
Geralmente, as crianças
pequenas começam a brincar sozinhas com seus bonecos e pouco a pouco, vão
unindo-se com outras crianças criando os seus próprios fantoches e iniciando a
socialização, pois percebem a necessidade de esperar sua vez para falarem, para
ouvir os outros, respeitar a opinião dos colegas e exprimirem um manifesto de
suas opiniões usando de argumentos plausíveis.
As brincadeiras com
fantoches permitem que a criança desenvolva a expressão oral e artística, pois
os bonecos levam a criança sempre ao mundo da imaginação e do faz-de-conta.
Já os alunos maiores
(geralmente do ensino fundamental), usam o fantoche para expressarem seus
pensamentos de uma forma mais livre. Contam suas ações, seus desejos,
aventuras, reproduzem fatos e histórias lidas e ouvidas do seu dia-a-dia.
O teatro de bonecos também
estimula a criança a desenvolver a potencialidade da voz porque de acordo com o
personagem representado, a criança pode falar grosso, fino, imitar sons de
bichos, de elementos da natureza como por exemplo, chuva e trovoadas, abrindo
momentos lúdicos e sensórias. Elas começam a adequar a voz às diversas
situações aliando o ritmo vocal ao gestual.
A criança ao ouvir aos mais
diversos sons, ela provavelmente ouve com mais interesse o que os outros falam.
Isso faz com que ela perceba a musicalidade de uma canção e o seu ritmo, sendo
considerado um fator fundamental na educação da audição (sensorial).
Um outro fato é que os
bonecos confeccionados pelos alunos, mesmo que o professor participe da
confecção, são mais adequados para o aprendizado do que os comprados prontos,
pois quando eles mesmos criam os fantoches, passam a gostar mais deles unindo
neste momento, três aspectos da educação: a expressão oral, a plástica e as
emoções vivenciadas anteriormente.
O teatro de bonecos na
formação do educando tem como objetivos: a percepção visual, auditiva e tátil;
a percepção da seqüência de fatos (noção espaço-temporal); coordenação de
movimentos; expressão gestual, oral e plástica; criatividade; imaginação ;
memória; socialização e o vocabulário.
Este tipo de teatro pode
ainda revelar ao professor, aspectos do desenvolvimento da criança que não são
observados durante os trabalhos escolares tradicionais. Com isso, o professor
poderá direcionar atividades educativas e recreativas de acordo com a
capacidade da criança. Assim, o teatro de bonecos significa para a criança um
jogo e para o professor, uma técnica didático-pedagógico no processo de
ensino-aprendizagem.
Devemos sempre lembrar que
a lógica infantil é diferente da lógica do adulto, sendo o teatro de bonecos
real para a criança, dentro da realidade do jogo, lúdico e do jogo da vida no
qual está inserido no contexto civilizacional do seu grupo social
3.1. Fases do Planejamento das peças
O planejamento das peças
pode ser realizado pelos alunos e pelo professor passando por três fases: a
fase do planejamento propriamente dita, a fase de execução e a fase de
avaliação.
Fase do planejamento
Nesta fase ocorre a escolha
do tema, escolha dos personagens, caracterização dos personagens e escolha do
local para apresentação. Na fase da caracterização, o aluno deve descobrir
sozinho como vestir os bonecos de acordo com o texto da peça.
Fase de execução
No ensaio, cada
apresentador decora a parte do personagem que irá representar. Os ensaios devem
ser realizados na presença de todos os alunos da classe junto com o professor.
Na representação é onde
ocorre a apresentação da dramatização já pronta e ensaiada.
Fase de avaliação
A avaliação deve ser
considerada pelo professor uma forma de incentivo à atuação da criança. Nesta
fase, os alunos revelam muito as características do seu eu, atitudes,
comportamentos e habilidades. É a oportunidade que o professor tem de analisar
seus alunos, conhecendo-os melhor para auxiliá-los no processo educativo.
O professor deve avaliar no
aluno as mudanças comportamentais dele, sua integração com o grupo levando em
consideração, o desempenho da criança no desenvolvimento da apresentação da
atividade.
3.2. Exemplos de peças sócio-educativas:
O macaco e o coelho
( Em cena, um macaco e um coelho. )
Macaco: Vamos fazer um trato?
Coelho: Que trato?
Macaco: Eu só caço borboletas e você só caça cobras.
Coelho: Está bem. Isso é pra valer?
Macaco: Claro que é.
Coelho: Então vou dar umas voltas pela mata e ver se consigo caçar cobras.
Macaco: Eu vou primeiro. Nesta hora, a mata deve estar cheias de borboletas.
( O macaco sai. )
Coelho: Vou aproveitar e dormir até o macaco voltar.
( O coelho dorme e o macaco volta. )
Macaco: O coelho está dormindo. Vou aproveitar !
( Puxa as orelhas do coelho. )
Coelho: Que é isso? Quem está puxando minhas orelhas?
( O macaco ri. )
Macaco: Ah ! Ah ! Ah ! Desculpe, amigo ! Pensei que fossem borboletas.
( O coelho vai saindo e pára na ponta do palco. )
Coelho: Espera que terás de volta.
( O coelho sai, e o macaco dá umas voltas pelo palco e depois fica distraído olhando alguma coisa. O coelho vem devagarinho por trás dele, segurando um pau. Dá uma paulada no rabo do macaco. O macaco berra. )
Macaco: Ai, ai, ai ! O que você fez?
Coelho: Desculpa, amigo. Vi uma coisa comprida e torcida. Pensei que fosse uma cobra.
( Sai apressado. )
( O macaco fica gemendo enquanto a cortina fecha. )
Narrador: Foi desde aí que o coelho, com medo de o macaco vingar-se, passou a morar em buracos.
Macaco: Vamos fazer um trato?
Coelho: Que trato?
Macaco: Eu só caço borboletas e você só caça cobras.
Coelho: Está bem. Isso é pra valer?
Macaco: Claro que é.
Coelho: Então vou dar umas voltas pela mata e ver se consigo caçar cobras.
Macaco: Eu vou primeiro. Nesta hora, a mata deve estar cheias de borboletas.
( O macaco sai. )
Coelho: Vou aproveitar e dormir até o macaco voltar.
( O coelho dorme e o macaco volta. )
Macaco: O coelho está dormindo. Vou aproveitar !
( Puxa as orelhas do coelho. )
Coelho: Que é isso? Quem está puxando minhas orelhas?
( O macaco ri. )
Macaco: Ah ! Ah ! Ah ! Desculpe, amigo ! Pensei que fossem borboletas.
( O coelho vai saindo e pára na ponta do palco. )
Coelho: Espera que terás de volta.
( O coelho sai, e o macaco dá umas voltas pelo palco e depois fica distraído olhando alguma coisa. O coelho vem devagarinho por trás dele, segurando um pau. Dá uma paulada no rabo do macaco. O macaco berra. )
Macaco: Ai, ai, ai ! O que você fez?
Coelho: Desculpa, amigo. Vi uma coisa comprida e torcida. Pensei que fosse uma cobra.
( Sai apressado. )
( O macaco fica gemendo enquanto a cortina fecha. )
Narrador: Foi desde aí que o coelho, com medo de o macaco vingar-se, passou a morar em buracos.
O sapo encantado
1ª cena
( Aparecem o rei e a princesa.)
Rei: Minha filha, dou-lhe esta bola de ouro para você brincar no parque.
Princesa: Obrigada, papai ! Já vou brincar com ela !
( O rei sai. )
( A princesa joga a bola que, daí a pouco, some dentro do palco. )
Princesa: Oh ! Minha bola caiu dentro do poço e não posso pegá-la. O poço é tão fundo!
( A princesa chora. )
Sapo: Por que está chorando, linda princesa !
Princesa: Porque minha bola caiu dentro do poço e não sei como tirá-la de lá.
Sapo: Irei buscar sua bola, com uma condição. Você terá de levar-me ao palácio. Quero sentar-me à mesa, ao seu lado, e comer no seu prato.
Princesa: Está ....bem. Farei tudo isso que você me pede se trouxer minha bola de volta.
( O sapo some embaixo do palco e volta com a bola. )
Sapo: Aqui está sua bola, princesa. Não precisa chorara mais.
Princesa: O brigada ! Vamos para o palácio.
( Aparecem o rei e a princesa.)
Rei: Minha filha, dou-lhe esta bola de ouro para você brincar no parque.
Princesa: Obrigada, papai ! Já vou brincar com ela !
( O rei sai. )
( A princesa joga a bola que, daí a pouco, some dentro do palco. )
Princesa: Oh ! Minha bola caiu dentro do poço e não posso pegá-la. O poço é tão fundo!
( A princesa chora. )
Sapo: Por que está chorando, linda princesa !
Princesa: Porque minha bola caiu dentro do poço e não sei como tirá-la de lá.
Sapo: Irei buscar sua bola, com uma condição. Você terá de levar-me ao palácio. Quero sentar-me à mesa, ao seu lado, e comer no seu prato.
Princesa: Está ....bem. Farei tudo isso que você me pede se trouxer minha bola de volta.
( O sapo some embaixo do palco e volta com a bola. )
Sapo: Aqui está sua bola, princesa. Não precisa chorara mais.
Princesa: O brigada ! Vamos para o palácio.
2ª cena:
( O rei entra em cena. Em seguida, entra a princesa. )
Princesa: Papai, veja o que aconteceu ! Minha bola de ouro caiu no poço e este sapo prometeu buscá-la se eu o trouxesse para comer conosco, sentado em nossa mesa.
Rei: Sim, minha filha. Palavra de princesa não volta atrás.
( A princesa acaricia o sapo. )
Princesa: Você não é muito bonito, mas foi muito bom para mim. Gosto de você.
( O rei entra em cena. Em seguida, entra a princesa. )
Princesa: Papai, veja o que aconteceu ! Minha bola de ouro caiu no poço e este sapo prometeu buscá-la se eu o trouxesse para comer conosco, sentado em nossa mesa.
Rei: Sim, minha filha. Palavra de princesa não volta atrás.
( A princesa acaricia o sapo. )
Princesa: Você não é muito bonito, mas foi muito bom para mim. Gosto de você.
( A princesa beija o sapo. )
( O sapo desaparece sob o palco e em seu lugar surge um príncipe. )
Príncipe: Obrigado, muito obrigado ! Sua bondade desencantou-me. A bruxa malvada transformou-me em um sapo e eu só poderia voltar a ser príncipe quando uma pincesa me beijasse. Jamais esquecerei seu carinho.
Princesa: Ah ! Que bom ! Que lindo príncipe você é.
( O príncipe dirige-se ao rei. )
Príncipe: Quero pedir-lhe, majestade, a mão se sua filha em casamento.
Rei: Você quer casar com o príncipe, minha filha?
Princesa: Sim, papai.
Rei: Concedo-lhe a mão de minha filha, com muito prazer! Quero que vocês sejam muito felizes.
( O sapo desaparece sob o palco e em seu lugar surge um príncipe. )
Príncipe: Obrigado, muito obrigado ! Sua bondade desencantou-me. A bruxa malvada transformou-me em um sapo e eu só poderia voltar a ser príncipe quando uma pincesa me beijasse. Jamais esquecerei seu carinho.
Princesa: Ah ! Que bom ! Que lindo príncipe você é.
( O príncipe dirige-se ao rei. )
Príncipe: Quero pedir-lhe, majestade, a mão se sua filha em casamento.
Rei: Você quer casar com o príncipe, minha filha?
Princesa: Sim, papai.
Rei: Concedo-lhe a mão de minha filha, com muito prazer! Quero que vocês sejam muito felizes.
A festa no céu
( Um sapo aparece no palco, passeando de cá para lá. Entra um coelho.)
Coelho: Bom dia, Sapo ! Como vai ?
Sapo: Vou bem, obrigado. E você ?
Coelho: Ah ! Eu vou bem ! Imagine você...Vou a uma festa .
Sapo: Onde é a festa ?
Coelho: Nem te conto. Vão todos os animais.
Sapo: Mas onde é essa festa ?
Coelho: É uma festa de arromba. É no céu.
Sapo: No céu ? Nunca ouvi falar.
Coelho: Pois é. Eu vou à festa no céu.
Sapo: Quem mais vai à festa ?
Coelho: Vão todos nossos amigos. Você também pode ir.
Sapo: Oba ! Oba ! Eu vou , eu vou !
Coelho: Vai haver muitos doces.
( O sapo abre um pouco a boca. )
Sapo: Oba ! Vou comer muitos doces.
Coelho: Vai haver refrigerantes.
( O sapo abre mais um pouco a boca. )
Sapo: Oba ! Está pra mim, gosto muito de refrigerantes...
Coelho: Dizem que a mesa é comprida, cheinha de doces, salgados, refrescos...
Sapo: Oba ! Vou comer até dizer chega. Oba !
( O sapo abre toda a boca. )
Coelho: Só que tem um detalhe.
( O sapo abre a boca o mais que pode e fica de boca aberta. )
Sapo: Qual é ?
Coelho: É que bicho de boca grande não pode entrar.
( O sapo fecha a boca de repente e torna a falar abrindo-a só um pouquinho. )
Sapo: Eu quero ver como o jacaré vai se arranjar....
( Um sapo aparece no palco, passeando de cá para lá. Entra um coelho.)
Coelho: Bom dia, Sapo ! Como vai ?
Sapo: Vou bem, obrigado. E você ?
Coelho: Ah ! Eu vou bem ! Imagine você...Vou a uma festa .
Sapo: Onde é a festa ?
Coelho: Nem te conto. Vão todos os animais.
Sapo: Mas onde é essa festa ?
Coelho: É uma festa de arromba. É no céu.
Sapo: No céu ? Nunca ouvi falar.
Coelho: Pois é. Eu vou à festa no céu.
Sapo: Quem mais vai à festa ?
Coelho: Vão todos nossos amigos. Você também pode ir.
Sapo: Oba ! Oba ! Eu vou , eu vou !
Coelho: Vai haver muitos doces.
( O sapo abre um pouco a boca. )
Sapo: Oba ! Vou comer muitos doces.
Coelho: Vai haver refrigerantes.
( O sapo abre mais um pouco a boca. )
Sapo: Oba ! Está pra mim, gosto muito de refrigerantes...
Coelho: Dizem que a mesa é comprida, cheinha de doces, salgados, refrescos...
Sapo: Oba ! Vou comer até dizer chega. Oba !
( O sapo abre toda a boca. )
Coelho: Só que tem um detalhe.
( O sapo abre a boca o mais que pode e fica de boca aberta. )
Sapo: Qual é ?
Coelho: É que bicho de boca grande não pode entrar.
( O sapo fecha a boca de repente e torna a falar abrindo-a só um pouquinho. )
Sapo: Eu quero ver como o jacaré vai se arranjar....
Os ratos, o gato e o queijo
( Ao abrir-se a cortina, aparece, no centro do palco, um queijo. )
( Daí a pouco entram dois ratos: um de cada lado do palco. )
Ratinho: Olhe um queijo ! É meu !
Ratão: Eu vi primeiro, é meu !
Ratinho: Viu nada. Eu é que vi primeiro. Vou comê-lo.
Ratão: Vai nada ! Quem vai comer sou eu.
Ratinho: Isso é o que você pensa. Vou lhe dar uns tapas e o queijo é meu.
Ratão: Dá, se for homem !
Ratinho: Dou mesmo. É pra já.
( Brigam, um batendo no outro. )
Ratão: Pensando bem, é melhor repartir o queijo. Você fica com um pedaço e eu fico com o outro.
Ratinho: Ah ! Já sei que você quer o pedaço maior. Não aceito a sua proposta.
Ratão: Vou dividir o queijo em duas partes bem iguais. Confie eme mim.
Ratinho: E você é de confiança ? Vou ficar com o queijo inteirinho.
Ratão: Ah ! É assim ? Você vai é apanhar.
( Brigam. Depois de algum tempo de luta ouve-se um miado que vai aumentando à medida que alguém vai se aproximando. Aparece o gato. )
Gato: Miau ! Miau !
( Os ratos se assustam e fogem apavorados. )
Gato: Oh ! Oh ! Oh ! Que belo queijo ! Vou saboreá-lo !
( O gato come o queijo e fecha-se a cortina. )
( Ao abrir-se a cortina, aparece, no centro do palco, um queijo. )
( Daí a pouco entram dois ratos: um de cada lado do palco. )
Ratinho: Olhe um queijo ! É meu !
Ratão: Eu vi primeiro, é meu !
Ratinho: Viu nada. Eu é que vi primeiro. Vou comê-lo.
Ratão: Vai nada ! Quem vai comer sou eu.
Ratinho: Isso é o que você pensa. Vou lhe dar uns tapas e o queijo é meu.
Ratão: Dá, se for homem !
Ratinho: Dou mesmo. É pra já.
( Brigam, um batendo no outro. )
Ratão: Pensando bem, é melhor repartir o queijo. Você fica com um pedaço e eu fico com o outro.
Ratinho: Ah ! Já sei que você quer o pedaço maior. Não aceito a sua proposta.
Ratão: Vou dividir o queijo em duas partes bem iguais. Confie eme mim.
Ratinho: E você é de confiança ? Vou ficar com o queijo inteirinho.
Ratão: Ah ! É assim ? Você vai é apanhar.
( Brigam. Depois de algum tempo de luta ouve-se um miado que vai aumentando à medida que alguém vai se aproximando. Aparece o gato. )
Gato: Miau ! Miau !
( Os ratos se assustam e fogem apavorados. )
Gato: Oh ! Oh ! Oh ! Que belo queijo ! Vou saboreá-lo !
( O gato come o queijo e fecha-se a cortina. )
Jogo de volei
Duas equipes e um juiz
(todos os alunos).
Há disputa de uma partida
de voleibol, onde uma das equipes é considerada vencedora. A outra equipe
perdedora fica triste pela derrota. Vencedores e derrotados ao final se
confraternizam no momento de cultura da paz e da introdução do Fair-Play, no
sentido lúdico e educacional do jogo.
IV. Conclusões
O teatro na escola é um
meio rico, diverso e fácil de ser trabalhado com crianças.
Utilizando um recurso
material barato e de sucata para confeccionar os bonecos, as roupas, o palco, a
cortina, etc.. é possível realizar várias atividades.
Verificamos a importância
que o professor tem , de planejar de forma adequada, as atividades a serem
realizadas com os alunos que vão desde a confecção dos bonecos até o desfecho
da peça. O educador deve levar em consideração o nível de desenvolvimento das
crianças que estão participando do trabalho para que este possa alcançar os
objetivos propostos.
Com esta pesquisa,
observamos a importância cada vez maior de utilizarmos esse recurso como
estratégia educacional, para transmitir mensagens positivas e eruditas aos
alunos, ajudá-los a enfrentar os desafios da vida, pois através do teatro, eles
podem expressar palavras, vontades próprias, sentimentos, aumento da capacidade
de articulação da voz, identificação com os personagens, prazer em reproduzir
histórias ou situações que os encantam e quem sabe futuramente, possa aflorar
algum talento que faça surgir um ator. Isso tudo e muito mais, pois para as
crianças, dramatizar é brincar.
E certamente, o professor
também vivência muito com seus alunos, podendo verificar a personalidade,
características comportamentais, sociais e de valores morais de cada criança e
com isso poderá enriquecer e aprimorar a sua interação com o grupo, estimular e
melhorar a interação entre os próprios alunos.
Os alunos que tem a chance
de participar deste tipo de trabalho, se este for bem conduzido, provavelmente
irão enfrentar com menos dificuldades as situações de seu cotidiano, exteriorizando
e sentindo e tendo uma maior liberdade de expressão de todos os seus atos.
Referências bibliográficas
·
LADEIRA, Idalina; CALDAS, Sarah., Fantoches & Cia. Rio
de Janeiro, Ed. Scipione, 1993.
LINGUAGEM DRAMÁTICA
·
Desde
pequena a criança vivencia, através de suas brincadeiras, o faz-de-conta.
As experiências dramatizadas iniciam-se nessa fase, quando as meninas se
colocam no lugar de mãe de suas bonecas ou os meninos no lugar de super-heróis.
Desta forma, as crianças experimentam, no
·
Conteúdos
Sugeridos
·
▪ Noção corporal – a parte e o todo
·
▪ Coordenação motora
·
▪ Tipos de movimento – intensidade, variações, etc.
·
▪ Ritmo
·
▪ Relação corpo/espaço
·
▪ Orientação espacial – direção, lateralidade, etc.
·
▪ Equilíbrio
·
▪ Flexibilidade
·
▪ Fluência
·
▪ Relaxamento
·
▪ Construção coreográfica
·
▪ Danças folclóricas
·
▪ Capoeira
·
▪ Estilos
·
▪ História da dança
·
mundo
imaginário, situações e emoções, aprendendo, inclusive, a conviverem melhor com
certas limitações e frustrações trazidas da realidade e “digeridas” neste outro
universo. Este é um dos motivos pelos quais o brincar para as crianças é tão
importante.
·
A linguagem dramática trabalhada no ambiente escolar,
também não deve perder o caráter lúdico, o faz-de-conta infantil, o
prazer e a espontaneidade. Para nós, educadores, esta pode ser uma boa
estratégia para envolver os alunos de várias faixas etárias, com personalidades
diferentes e provenientes de diversos contextos socioculturais.
·
Para tanto, precisamos nos desafiar a criar um formato
de teatro na escola que não precise ficar preso aos “didatismos explícitos” ou
as “lições de moral”. É importante que tenhamos confiança na capacidade dos
educandos (como atores ou espectadores) de interpretar, compreender e perceber
sensivelmente o caráter simbólico e metafórico presente nos conteúdos das
encenações. Além disso, é fundamental lembrar que o espaço cênico permite que
os alunos vivenciem modos de ser e estar na vida, sem riscos, e isso já é um
grande aprendizado com várias “lições de moral”, descobertas e conclusões. O
teatro para educar, não tem de restringir-se a um determinado formato que
privilegie as mensagens transmitidas de um modo mais direto e simplista, não
deixando espaço para questionamentos, investigação, curiosidade, interpretação.
·
São muitas as formas que podemos encontrar para
exercitar a prática teatral: fantoches, teatro de sombras, mímica,
improvisações, leituras dramáticas, encenações, etc. A atividade de contar
histórias é também um ótimo recurso de dramatização e podemos recorrer a ela
dando vida aos personagens, criando uma entonação especial para transmitir a
emoção de cada cena, utilizando a expressão corporal para dar mais realidade às
situações vividas na história, entre outras coisas. Isto, certamente,
estimulará a imaginação dos alunos e servirá, talvez, como um ponto de partida
para outros exercícios dramáticos.
·
Os conteúdos escolares também podem ser utilizados como
suporte à criação teatral, porém, não é recomendável que a sua transmissão seja
o objetivo maior do fazer cênico, nem o fator que irá legitimá-lo. Para os
alunos, é sempre prazeroso unir aos jogos teatrais, os conteúdos que estão
sendo abordados em sala de aula, pois isso facilita o processo de
ensino-aprendizagem, complementando-o e tornando-o mais circular e integral.
·
É interessante que esta conexão estenda-se, igualmente,
às vivências cotidianas dos educandos e a sua realidade comunitária. Como os
alunos vivem? Quais são seus hábitos e os costumes da sua comunidade? Quais as
situações que eles enfrentam? Estas indagações são apenas algumas que podemos
levantar, com o objetivo de orientar nossa pesquisa de temas geradores para
improvisações teatrais, por exemplo.
·
Outro caminho possível é mapear no contexto
sociocultural da região, as festas populares e outras manifestações
folclóricas, trazendo as raízes dos alunos para o cotidiano escolar,
valorizando-as e aproximando escola e comunidade através da linguagem
dramática.
·
Além disso, não podemos esquecer que esta linguagem congrega
vários elementos (cenário, figurino, som, movimento) e se realiza através de
diversos canais: teatro, TV, cinema, circo etc. Portanto, as possibilidades de
“leitura” são amplas para os educandos enquanto espectadores e, nesta direção,
é importante que exercitemos com eles a capacidade de investigação e reflexão
crítica. Como sugestão, podemos chamar a atenção dos alunos para o tipo de
narrativa que está sendo encenada (comédia, drama, aventura, etc.), para a
caracterização dos personagens, o tempo e o local onde acontece a história,
para o ambiente sociocultural relacionado, o tema principal, ou seja, fatores
que darão suporte à construção de uma visão mais abrangente e aprofundada sobre
a
encenação, criando nos alunos um distanciamento necessário para uma percepção
mais clara do limite entre fantasia x realidade e para uma análise crítica.
Este aprendizado pode auxiliar no processo de transformação dos alunos enquanto
espectadores, deixando uma posição mais passiva em prol de uma atuação mais
consciente e atenta, estendendo esta habilidade também para suas vidas. Como
curiosidade, vale lembrar que a palavra teatro tem sua origem no
vocábulo grego theatron que significa “local de onde se vê” (plateia). A
linguagem dramática trabalhada na escola deve ir um pouco além, mostrando a
importância do “como se vê”.
Para os
alunos, a atividade teatral é mediadora de experiências, um espaço onde é
possível vivenciar diferentes identidades sociais, colocar-se no lugar do
outro, projetar seu mundo interior, ser único e ao mesmo tempo plural. Desta
forma, o teatro, na escola, estimula a socialização e o respeito pelas
diferenças, contribuindo para a redução das injustiças sociais e discriminação.
Para nós,
educadores, esta atividade pode ser uma ferramenta extremamente valiosa a
serviço de um trabalho comprometido com a melhoria da autoestima dos alunos,
com a valorização da inteligência sensível e do potencial criativo, com a
construção do conhecimento e com a ampliação dos horizontes de crianças e
adolescentes.
Para
explorar a linguagem dramática, o Programa Mais Educação oferece as seguintes
atividades: teatro e leitura. Por meio destas atividades é possível abordar e
desenvolver diversas temáticas explorando as inúmeras situações dramáticas que
podem ser construídas a partir da representação e reflexão do cotidiano dos
próprios estudantes, sem esquecermos que a linguagem dramática pode congregar
elementos de outras linguagens para compor a cena e/ou a peça. dramática
pode congregar elementos de outras linguagens para compor a cena e/ou a peça.
▪ Quais
atividades da Linguagem Dramática podemos trabalhar na Educação Integral?
Teatro, teatro do oprimido, teatro de fantoches, teatro de sombras, teatro
mudo, teatro do invisível, teatro imagem, teatro de bonecos, leituras
dramáticas, análise de peças, filmes e programas de TV, intervenção, teatro de
máscaras, teatro clássico, teatro do absurdo, teatro épico, teatro fórum,
teatro legislativo, leituras dramáticas, etc.
▪ Elementos que compõe a atividade dramática? Gestos (corpo),
exercícios e jogos teatrais, narrativas, texto, personagens, sonoplastia,
figurino, espaço cênico (teatro de arena, teatro grego, teatro de rua, etc.),
cenários, jogos de improvisação (temas geradores do cotidiano), etc.
▪ Construção e composição cênica a partir da combinação e utilização
dos diversos elementos que compõe a linguagem dramática. Montagem da peça.
▪ Contextualização do teatro e suas diferentes formas e estilos, ao
longo do tempo, história do teatro.
▪ Saberes locais: representar e pesquisar temas cotidianos,
construções e encenações de histórias locais, sejam folclóricas, lendas,
histórias reais, etc.
▪ Improvisações utilizando temas
geradores do cotidiano dos alunos e de sua comunidade
▪ Leituras dramáticas
▪ Encenações
▪ Teatro de fantoches
▪ Teatro de sombras
▪ Pantomima
▪ Quais
atividades da Linguagem Dramática podemos trabalhar na Educação Integral?
Teatro, teatro do oprimido, teatro de fantoches, teatro de sombras, teatro
mudo, teatro do invisível, teatro imagem, teatro de bonecos, leituras
dramáticas, análise de peças, filmes e programas de TV, intervenção, teatro de
máscaras, teatro clássico, teatro do absurdo, teatro épico, teatro fórum,
teatro legislativo, leituras dramáticas, etc.
▪ Elementos que compõe a atividade dramática? Gestos (corpo),
exercícios e jogos teatrais, narrativas, texto, personagens, sonoplastia,
figurino, espaço cênico (teatro de arena, teatro grego, teatro de rua, etc.),
cenários, jogos de improvisação (temas geradores do cotidiano), etc.
▪ Construção e composição cênica a partir da combinação e utilização
dos diversos elementos que compõe a linguagem dramática. Montagem da peça.
▪ Contextualização do teatro e suas diferentes formas e estilos, ao
longo do tempo, história do teatro.
▪ Saberes locais: representar e pesquisar temas cotidianos,
construções e encenações de histórias locais, sejam folclóricas, lendas,
histórias reais, etc.
Conteúdos Sugeridos
▪ Improvisações utilizando temas
geradores do cotidiano dos alunos e de sua comunidade
▪ Leituras dramáticas
▪ Encenações
▪ Teatro de fantoches
▪ Teatro de sombras
▪ Pantomima
▪ Jogos dramáticos: objetos,
situações, relações
▪ Apresentação
da peça na escola, comunidade e debate com o público.
▪ Articulação de idas ao
teatro, formação de plateia.
Peça teatral educativa na escola
Criar ou organizar uma peça de teatro e apresentá-la na escola é sempre
um grande desafio para um educador. Além do primeiro passo, que é o da escolha
do texto, depois é necessário incentivar a participação dos alunos e escolher
os que combinam melhor com cada personagem. Todo esse processo deve ser feito
levando em consideração que a escola não está em busca de novos talentos, mas
sim de promover uma atividade educacional. Por isso, quanto maior for o número
de alunos envolvidos no teatro, significa que o verdadeiro sentido de fazer a peça
está sendo atingido. Melhor ainda, quando é possível fazer com que alunos que
não participam de atividades em grupo, estão sempre isolados, demonstram grande
timidez, resolvem participar.
No caso das peças infantis, uma das estratégias mais usadas pelos
educadores é fazer uma adaptação de fábulas e contos famosos. É mais simples de
envolver as crianças e se trata de uma boa oportunidade para ensinar valores
morais. A amizade, por exemplo, é um dos temas preferidos para peças de teatro
na escola com a participação da crianças. Podemos citar alguns títulos mais
usados como: As Ilhas do Tesouro, O Palhacinho Triste e Rosa, Branca de Neve, O
Fantástico Mundo de Feiurinha.
Peças Infantis com o Tema Meio Ambiente
Outros temas também são recomendados para quem está querendo apresentar
uma peça de teatro na escola, como por exemplo, aqueles ligados ao Meio
Ambiente. Aliás, esse argumento pode ser usado em teatro para qualquer idade,
porque servirá não só para educar as crianças, mas também, os pais e convidados
que estão assistindo. As peças de teatro são uma boa forma de mandar um recado
de conscientização para quem está assistindo e participando e, por isso, são
tão usadas nas escolas.
Voltando às peças infantis para apresentação na escola sobre o Meio
Ambiente, podemos sugerir os seguintes contos: Pog e os Passarinhos, Remorso e
a Simulação de Cartas e Querido Greenpeace.
A Preparação dos Alunos para Encenar uma Peça na
Escola
A escolha do texto é a parte mais importante, como já foi dito
anteriormente, as peças teatrais na escola têm como principal objetivo educar
alunos e público. Os temas devem levar em consideração a parte educacional.
Depois da escolha do texto,
chega a hora da divisão dos personagens, e claro, que nem todas as peças
envolverão todos os alunos. O que não significa que o professor deve deixá-los
de fora. Além do grupo de atores, o educador deve criar outros grupos de
trabalho que se envolvam diretamente com a produção da peça. Os outros alunos
deverão ter responsabilidades como buscar figurino, preparar cenário, criar
publicidade, enfim, existe uma série de possibilidades de fazer com que todos
participem da peça de teatro que será apresentada na escola. Esse deve ser o
objetivo principal
Alguns educadores, além de dividir toda a tarefa da produção entre todos
os alunos, inclusive entre aqueles que participarão da encenação, criam um modo
de também levar todos ao palco. É claro que se você escolhe uma peça com 20
personagens e têm 30 alunos, a matemática é simples, 10 ficariam de fora. Nem
sempre, alguns professores criam cenas extras, incluindo os outros alunos,
mesmo que seja quase como figuração. Ou trocam um cenário por um “objeto vivo”,
por exemplo, ao invés de criar uma árvores de qualquer material, faz com que um
dos alunos seja a árvore. O que não faltam são ideias para envolver todos os
alunos na peça teatral.
Onde Encontrar Textos Prontos de Peças de Teatro
Para Apresentar na Escola
A internet também dá uma mãozinha nesse caso, se você não quiser
procurar livros e adaptá-los para o teatro escolar, basta fazer uma busca na
rede e encontrará vários sites que disponibilizam o texto gratuitamente.
Visitamos um desses sites e escolhemos algumas sugestões!
Veja uma lista com algumas peças dividas por gênero que você pode
encontrar o texto no site Oficina de Teatro!
Peças de William Skakespeare:
·
1- A Comédia dos Erros (gênero comédia): 20 ou mais personagens.
·
2- A Famosa História do Rei Henrique WIII (gênero drama): 20 ou mais
personagens.
·
3- A Megera Domada (gênero comédia): 20 ou mais personagens.
·
4- A Tempestade (gênero comédia): 20 ou mais personagens.
·
5- A Tragédia do Rei Ricardo (gênero drama): 20 ou mais personagens.
·
6- Antônio e Cleópatra (gênero terror): 20 ou mais personagens.
·
7- Hamlet (tragédia): 20 ou mais personagens.
Peças Gregas Clássicas:
·
1- A Paz (gênero comédia): 20 ou mais personagens.
·
2- A Revolução das mulheres (gênero comédia): 18 personagens.
·
3- Agamenon (gênero terror): 12 personagens.
·
4- Alceste (gênero drama): 10 personagens.
·
5- Andrômaca (gênero terror): 12 personagens.
·
6- Coéforas (gênero terror): 8 personagens.
·
7- Édipo Rei (gênero terror): 10 personagens.
Peças Diversas:
·
1- 12 Dias em Sodomo (drama) de Uarlen Becker : 1 personagem.
·
2- 2001 – O Poder do Futuro (musical) de Jorge Gomes: 20 ou mais
personagens.
·
3- A Cantora Careca (comédia) de Eugène Ionesco: 6 persongens.
·
4- A Capital Federal (comédia) de Artur Azevedo: 20 ou mais personagens.
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5- A Casa de Bernarda Alba (drama) Federico Garcia Lorca: 9 personagens.
·
6- A Cloaca (tragédia) de Paulo Jorge Dumaresq: 4 personagens.
·
7- A Dama das Camélias (drama) de Alexandre Dumas Filho: 20 ou mais
personagens.
Peças Infanto Juvenis:
·
1- A Descoberta (gênero comédia): 2 personagens.
·
2- A Terra das Chamas
·
(gênero farsa): 20 ou mais personagens.
·
3- Arnaldinho Troca Letra (gênero comédia): 3 personagens.
·
4- Cabral, A Esquadra Se Deu Mal (gênero comédia): 2 personagens.
·
5- Ele falou que vinha? (gênero não informado): 2 personagens.
·
6- Corações em sintonia (gênero comédia): número de personagens não
informado.
·
7- Guilherme e Giovana (gênero comédia): 11 personagens.
Peças Infantis:
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1- Bicho de Goiaba é Goiaba ou não é (gênero educacional): 9
personagens.
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2- Coleção de Nariz (gênero comédia): 13 personagens.
·
3- Galo, Galinho, Galão, Agora já tenho esporão! (gênero tragédia): 4
personagens.
·
4- O Pequeno Conselho do Rei (gênero tragédia): 10 personagens.
·
5- O Pequeno Príncipe (gênero não informado): 9 personagens.
·
6- Blink (gênero educacional): 9 personagens.
7- Peripécias de Uma Abelha
Maluca (gênero educacional): 18 personagens
Veja nome de outros sites que você poderá pegar textos de peças de
teatro para apresentar na escola: Recanto das Letras, Blog Terra Meu Teatro,
Textos Curtos Para Teatro na Escola, Biblioteca Digital de Peças Teatrais, Blog
do Altamirando, Teatro Educativo, e muito mais. Além disso, você poderá
encontrar dicas de como preparar uma peça de teatro, desde adaptação do texto,
passando pela escolha dos alunos, até a preparação dos “atores” e por fim a
apresentação na escola.
olá Bom Dia, gostaria de ter acesso ao texto Bicho de goiaba é goiaba ou não é?
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